quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Introdução do projeto




A ideia central é representar os hexagramas do I Ching - O Livro das mutações, por meio de quadrinhos e ilustrações. No entanto, para isso antes é necessário saber do que se trata o I Ching, assim, segue um trecho da contracapa da edição brasileira:


"Utilizado como oráculo desde a mais remota antiguidade, o I Ching, considerado o livro mais antigo chinês, é também o mais moderno, pela notável influência que tem exercido na ciência, na psicologia e na literatura do Ocidente, devido não só ao fato de sua filosofia coincidir, de maneira assombrosa, com as concepções mais atuais do mundo, como também por sua função como instrumento na exploração do inconsciente individual e coletivo.

C.G. Jung, o grande psicólogo e psiquiatra suíço, autor do prefácio da edição inglesa..., e um dos principais responsáveis pelo ressurgimento do interesse do mundo ocidental pelo I Ching, resume da seguinte forma a atitude com a qual o leitor ocidental deve se aproximar deste Livro dos Oráculos:

 - O I Ching não oferece provas nem resultados: não faz alarde de si nem é de fácil abordagem. Como se fora uma parte da natureza, espera até que o descubramos. Não oferece nem fatos nem poder, mas, para os amantes do autoconhecimento e da sabedoria - se é que existem -, parece ser o livro indicado. Para alguns, seu espírito parecerá tão claro como o dia; para outros, sombrio como o crepúsculo; para outros ainda, escuro como a noite. Aqueles a quem ele não agradar não tem por que usa-lo, e quem se opuser a ele não é obrigado a acha-lo verdadeiro. Deixem-no ir pelo mundo para o benefício dos que forem capazes de discernir sua significação."


É difícil explicar o I Ching de forma rápida e objetiva, pois se trata de um livro dos primórdios das civilizações constituído por 64 hexagramas formados pela combinação de 8 trigramas. Tudo o que ocorre no céu e na terra tem a sua imagem nesses oito trigramas que estão continuamente se transformando um no outro, por isso é o livro das mutações,
A criação dos hexagramas é atribuída ao misterioso e mítico Fu Hsi, o criador da civilização chinesa. A origem do I (como era chamado em tempos remotos) é pré literária, os símbolos dos trigramas e hexagramas eram suficientes para representar a sabedoria e segredos do universo, entretanto, o tempo obscureceu a compreensão dessas linhas e, por esta razão, na dinastia Chou começaram a anexar textos para auxiliar o estudo e compreensão. Com o perpassar do tempo mesmo co o acréscimo desses anexos as gerações que seguiram tinham dificuldade de compreender com clareza seus respectivos significados, então no século VI a.C foram acrescentadas as "Dez Asas", que foram atribuídas a Confúcio.





Este são os oito trigramas iniciais, as linhas contínuas representam o Yang (o convexo, a força, o movimento) e as linhas com interrupções representam o Yin ( o côncavo, a fraqueza, a quietude). Cada uma dessas linhas podem se sobrecarregar e sofrer mutação tornando-se assim o seu oposto, como também a combinação desses trigramas geram os 64 hexagramas.





Conta-se as linhas de baixo pra cima, sendo que as linhas inferiores costumam referir-se a assuntos terrenos e humanos e as superiores remetem-se aos céus e divindade. 
O I Ching também pode ser usado como oráculo uma vez que ele é vivo e dialoga com seu leitor sendo capaz de responder suas perguntas. A grosso modo, pode-se dizer que o Livro das Mutações é a "bíblia do TAO".







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